Ethan, aos três anos de idade, surpreendeu os pais tocando uma sonata de Mozart para piano. Hoje, com 8 anos, o filho de imigrantes ucranianos virou uma celebridade.

Jamais convide Ethan Bortnick para ouvir uma banda de Heavy Metal. Seria muito arriscado.

"Quando eu fui ao show do Aerosmith saí correndo e voltei para o meu quarto no hotel.”

Não se arrisque também a levar o pianista para ver os fogos no réveillon de Copacabana.

“É porque eu tenho um ouvido perfeito, você sabe o que é isso? Os fogos são muito barulhentos e eu não posso ouvir nada que seja muito alto, eu gosto de música relaxante.”

Os dedos são tão pequenos que parecem frágeis para o tamanho das teclas. E as pernas curtas exigem um equipamento especial para alcançar os pedais. Quem não desconfiaria se um menino brincalhão como Ethan começasse, de uma hora para outra, a tocar assim, perfeitamente?

Não foi nesse piano maravilhoso. Nem nesse menorzinho, que agora desafina.
Ethan começou aos três anos, no tecladinho de plástico que ganhou de uma vizinha no aniversário.

Quando ele tocou uma peça de Mozart pela primeira vez, parecia mentira. Os pais acharam que o teclado eletrônico tocava sozinho e que Ethan estivesse apenas imitando os movimentos de um pianista.

Ethan aprendeu de ouvido. Repetindo os sons que escutava num disco de música clássica para crianças.

O filho de imigrantes ucranianos ficou tão famoso que foi convidado para tocar em eventos, deixou o guitarrista Carlos Santana boquiaberto, virou uma pequena celebridade americana e há poucas semanas fez um show para deputados e senadores no Congresso dos Estados Unidos.

Um dos momentos mais impressionantes da já longa trajetória desse pequeno pianista foi quando os pais o levaram para ver o concerto de um músico de renome internacional. No começo do show, Ethan estava dormindo no carrinho. Os pais acharam aquilo normal, afinal ele é uma criança. Mas a surpresa veio no dia seguinte, logo de manhã.

Quando os pais acordaram, Ethan tocava "Besame mucho" exatamente como o pianista da noite anterior. Mas ele não é apenas um bom pianista: é compositor.
Interpreta mais de 200 músicas, toca de olhos fechados e pode até conversar que não erra a melodia.

E como Ethan adora ser desafiado, resolvemos fazer uma brincadeira: eu toco uma nota. E Ethan? Será que adivinha?

Partimos então para um desafio mais complicado: três notas. E aí vem ele.

Ethan acha tudo tão fácil que resolveu ensinar ao irmãozinho, Nathan. “Eu tento e não funciona. Mas eu acho que se ele praticar um pouquinho vai acabar aprendendo?”, diz Ethan.

O pequeno pianista se engana. O virtuosismo precoce é raro e desperta a atenção de médicos e cientistas.

“Querem fazer um mapeamento do cérebro dele mas nós não queremos saber”, diz o pai. “O que esse exame vai nos dizer? Não vai ajudar em nada.”

Os pais explicam que não fizeram nada demais. Apenas estimularam a inteligência do filho levando ele a passeios e ouvindo todo tipo de música.

Hanna conta que não obriga o menino a praticar piano e não faz nenhum tipo de projeto.

“Meu único plano é deixar ele fazer o que quiser. E ele não quer apenas tocar piano: ele adora fazer as pessoas sorrirem”, diz a mãe.

Ethan Brotnick também adora fazer mágica e revelar o truque. Tem fissura pelo orangotango.

Quando fomos caminhar pelo condomínio, o pianista revelou que seu grande sonho é trabalhar num zoológico. Ele acha que a melhor profissão do mundo é cuidar dos animais e tocar piano pra eles.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL992427-5602,00.html